quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Veja quanto você vai receber na 1ª e na 2ª parcelas do décimo terceiro


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VIVIAM NUNES
DE SÃO PAULO
As empresas têm até o final da próxima semana para pagar aos seus funcionários a primeira parcela do décimo terceiro, já que o prazo termina no dia 30 deste mês. Em dezembro é a vez da segunda parcela cair na conta --o prazo termina dia 20.
Até o final deste ano, cerca de R$ 143 bilhões devem ser injetados na economia brasileira a título de 13º salário, de acordo com cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os valores devem ser pagos a 82 milhões de brasileiros, que, em média, receberão R$ 1.740 de gratificação.
Como na primeira parcela não há nenhum tipo de desconto, o trabalhador irá receber 50% do seu salário atual --no caso de quem já começou o ano trabalhando na empresa. Já sobre a segunda parcela haverá os descontos do INSS e do Imposto de Renda.
Para calcular o valor da última parcela, o trabalhador deve, primeiro, encontrar a parte devida à Previdência Social. O desconto do INSS varia de 8% a 11% sobre o salário, até o máximo de R$ 457,49, de acordo com a faixa salarial. A tabela com as alíquotas pode ser encontrada no site da Previdência Social.
Ao fazer o desconto do INSS, o trabalhador encontrará o valor a ser usado como base de cálculo para o Imposto de Renda. As alíquotas do IR, disponíveis no site daReceita Federal --junto com o valor da parcela a deduzir--, variam de 7,5% a 27,5%, dependendo da faixa salarial do trabalhador. Neste ano, quem ganha até R$ 1.710,78 está isento.
Com a alíquota do IR em mãos, o trabalhador deve aplicá-la na base de cálculo para o Imposto de Renda encontrada anteriormente e, na sequência, descontar do valor encontrado a parcela a deduzir.
Finalmente, para chegar ao montante da 2ª parcela do 13º, basta descontar do salário bruto a primeira parcela recebida do 13º, o INSS e o IR encontrados. Para quem tem dependentes, existe um passo adicional: da base de cálculo para o IR, subtraia R$ 171,97 por dependente.
VEJA O VALOR DE CADA PARCELA DO 13º *
Valores em R$
Salário bruto1ª parcela do 13°2ª parcela do 13°Valor total a receber nas duas parcelas, com descontos do INSS e IRTotal dos descontos (INSS e IR)
67833928562454
1.00050042092080
2.0001.0008121.812188
3.0001.5001.0902.590410
4.0002.0001.3363.336664
5.0002.5001.5844.084916
6.0003.0001.8094.8091.191
7.0003.5002.0345.5341.466
8.0004.0002.2596.2591.741
9.0004.5002.4846.9842.016
10.0005.0002.7097.7092.291
15.0007.5003.83411.3343.666
20.00010.0004.95914.9595.041
30.00015.0007.20922.2097.791
40.00020.0009.45929.45910.541
50.00025.00011.70936.70913.291
FONTE: Rosania de Lima Costa, consultora na área trabalhista e previdenciária do Cenofisco (Centro de Orientação Fiscal) e reportagem
*Os cálculos consideram um trabalhador que não tem dependentes
13º PROPORCIONAL
Quem foi contratado ao longo do ano, também terá direito à gratificação, mas ela será proporcional ao período trabalhado. Para chegar ao valor da primeira parcela, o trabalhador deve dividir seu salário bruto por 12 e, depois, multiplicar o resultado encontrado pelo número de meses em que trabalhou até outubro.
A primeira parcela será equivalente a metade do valor encontrado, sem descontos.
"O cálculo proporcional é sempre feito até o mês de outubro. Se o empregado começou a trabalhar em novembro, ele não receberá a primeira parcela da gratificação natalina", diz o advogado especialista em direito do trabalho Alan Balaban, do escritório Braga & Balaban Advogados.
Veja como calcular
Considerando um funcionário que começou a trabalhar em março e tem um salário de R$ 1.000.
  • Divida o salário por 12: R$ 1.000 ÷ 12 = R$ 83
  • Multiplique o resultado por 8*R$ 83 x 8 = R$ 667
  • Divida o último valor por 2 e encontrará a 1ª parcela do 13º: R$ 667 ÷ 2 = R$ 333
*de março a outubro são oito meses. Nesse caso, é preciso que ele trabalhado por, no mínimo, 15 dias no mês da contratação. Se trabalhou menos do que isso, o mês de março não entra na conta.
Para encontrar a segunda parcela, será preciso fazer uma conta semelhante. Após dividir o salário por 12, multiplique o resultado por dez: pois considera-se de março a dezembro. Do valor encontrado, subtraia a 1ª parcela e chegará ao valor da 2ª parcela, que terá, ainda, os descontos do INSS e do IR.
HORAS EXTRAS
Os trabalhadores que fizeram horas extras durante o ano receberão um 13º maior, explica Sebastião Luiz Gonzaga dos Santos, do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de SP.
Primeiro, é preciso encontrar a média de horas extras trabalhadas. Isso é feito somando todas as horas extras que fez até outubro e dividindo esse valor por 12. O número encontrado deverá ser multiplicado pelo custo da hora extra. E o valor encontrado deverá ser somado ao salário bruto, que será usado para o cálculo da primeira parcela do 13º.
Em dezembro, quando for receber a segunda parcela, a conta deverá ser refeita, considerando adicionalmente as horas extras feitas em novembro. "Quando chegar janeiro, que já tem o mês de dezembro fechado, a empresa vai fazer um recalculo e pagar o complemento para o trabalhador, referente às horas extras trabalhadas no último mês do ano e que não entraram na conta do 13º", explica o especialista.
É importante, porém, observar as convenções coletivas de cada categoria que podem ter definido procedimentos diferenciados.FOLHA DE SÃO PAULO 

Dilma manifesta preocupação com a saúde de José Genoino


Presidenta evitou fazer comentários sobre a decisão do STF

Terra
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Cinco dias após a prisão dos primeiros réus do mensalão, a presidente Dilma Rousseff manifestou preocupação humanitária e pessoal, segundo ela própria, com a saúde do deputado federal José Genoino. Em entrevista a rádios religiosas de Campinas, Dilma foi surpreendida por uma questão sobre o mensalão, mas não fez comentários a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu me manifestei sobre a saúde do deputado Genoino. Primeiro porque eu sei das condições de saúde dele, sei que toma anticoagulante. E, ao mesmo tempo, tenho relação pessoal com a família do Genoino", afirmou a presidente. "Estive encarcerada com a mulher do Genoino no período da ditadura militar", completou.

Na última segunda-feira, em encontro com líderes governistas no Senado, Dilma disse que a situação de Genoino "é crítica" e repreendeu também o advogado do deputado, Luiz Fernando Pacheco. Na ocasião, a presidente disse que ele "foi mole" ao não ter conseguido prisão domiciliar para seu cliente mesmo tendo em mãos um laudo que atestava a situação de saúde de Genoino. "Manifestei minha preocupação com ele em caráter estritamente pessoal", explicou Dilma hoje às rádios.

Sobre a condenação dos réus do mensalão e as primeiras prisões executadas, Dilma se amparou na Constituição Federal e disse que os poderes são independentes. "Não me permito, como presidenta da República, fazer qualquer observação, análise ou avaliação sobre atos do Poder Judiciário. Em especial às decisões do Supremo Tribunal Federal", afirmou.

A presidente falou ainda que "é conduta exigida dos presidente dos poderes" o respeito ao outro poder. "Enquanto eu for presidente, não faço análise crítica de sentenças da Suprema Corte do meu País", garantiu. Dilma ponderou, no entanto, ter convicções pessoais, que não serão expressas publicamente enquanto ela ocupar a cadeira presidencial.

José Genoino teve um pico de pressão alta quando era transportado de São Paulo para Brasília e também passou mal durante os seus primeiros dias encarcerado. Ele cumpre inicialmente pena de quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de corrupção ativa. Genoino recorre ainda contra o crime de formação de quadrilha. Se perder, sua pena passa para seis anos e 11 meses mais multa de R$ 468 mil, também em regime semiaberto.